Físicos da Universidade de Santa Barbara, nos Estados Unidos, descobriram que um tipo de carboneto usado na fabricação de supercondutores pode servir para criação de componentes capazes de transformar a Computação Quântica em realidade. O carboneto em questão permite que o spin dos elétrons seja mensurado e endereçável.
Isso significa que qubits – os bits quânticos – poderão ser criados e mantidos a temperaturas normais. Até hoje, apenas o diamante era capaz de reter qubits nestas temperaturas. Além disso, os qubits aprisionados nos pequenos cristais do silício podem ser ordenados a partir de ondas de luz, princípio comum nas telecomunicações com as fibras óticas.
O fato de ser possível fabricar carboneto de silício em escala industrial a custos bastante baixos pode significar a chegada da era da Computação Quântica no futuro próximo.
O que é a Computação Quântica
Bits de informação, que orientam toda a nossa tecnologia digital, são compostos de unidades de informação binária, simbolizadas por 0 e 1. Isso significa que, no fundo, uma informação admite dois estados, ou duas possibilidades: 0 ou 1, sim ou não, ligado ou desligado.
A Computação Quântica usa princípios da Física Quântica e, a partir do momento que fosse eficientemente manipulada, possibilitaria o surgimento de qubits: os bits quânticos. Neste cenário, os bits não seriam compostos apenas por dois estados possíveis, o sim e o não, mas também por um terceiro, que significaria ligado e desligado ao mesmo tempo.
Para ficar mais fácil: imagine-se em um labirinto. Você está buscando a saída, até que chega a uma bifurcação. Para descobrir qual é o melhor caminho, terá que experimentar um de cada vez. Se você for um computador quântico, pode testar os dois simultaneamente.
Via Extreme Tech